domingo, 28 de outubro de 2007

Puta de noite!

Que pariu! Esta tarde foi uma confusão do caralho no bar. Atraso com fornecedores, problemas com empregados, contabilidade a resolver, enfim um 31 do caralho! Gerir um bar com actividades "extra" não é pêra doce! Muito menos com empregados interesseiros que querem salário, mas não querem trabalho. Somem a isso um trabalho a meio-tempo numa empresa reconhecida. É o caralho!! Mas pronto. Vamos ao que interessa. Como cheguei àquela noite.
Depois de uma manhã agitada na empresa. Passei a tarde enfiada no escritório do bar, aos pulos entre o telefone e o filho da puta do gerente maricas que contratei para não ter de ser eu a fazer tudo. Tem adiantado um corno, diga-se de passagem. Rabicha do caralho! Anda-me pra lá com aquele ar de macho matulão e quando se apanha cá fora é vê-lo a coçar o cu em tudo o que se parece com um poste. Enfim... Só sei que passei o raio do dia só com uma torrada e um café curto no estômago. Almoço, nem vê-lo. O meu jantar? uma sande de atum e uma Stout. Puta de vida!
Passavam 5 minutos das 21h quando me bateram à porta do escritório. Era o travesti que vinha para o espectáculo da noite. Indiquei-lhe o caminho para o camarim. Pelo caminho, não deixei de reparar o que bar estava às moscas. Só o barman é que estava no seu canto a mamar mais um copo de Chivas Regal (como se não bastasse as garrafas que parte com os seus malabarismos). O negócio está uma merda! Tenho de pensar em alternativas. Voltei para o escritório . Afundei-me na papelada mais uma eternidade. Durante esse tempo consegui ouvir a Shirley com a sua voz artificialmente feminina, com uma audiência de meia dúzia de bêbados.
Quando olhei para o relógio já passava das 2h e estava com uma dor de cabeça do caralho. Já só ouvia alguns risos e a música de fundo, mais irritante do que o costume. Tinha de ir pagar à Shirley e fechar o bar! Abri a gaveta, saquei do envelope e fui para o salão. Esperava vê-la a beber sozinha ao balcão, mas não, estava sentada numa das mesas com duas mulheres. Já só restavam elas no bar. Melhor para a minha dor de cabeça, só tenho de despachar 3 "donas de casa", pensei eu! Já ia lançado com o envelope na mão, morto por bazar dali e enfiar-me na cama, quando cheguei à mesa. Só me lembro de pensar: "PU-TA QUE PA-RIU!!!!". A estudante e a enfermeira faziam companhia à Shirley. Duas vizinhas lá do prédio. Mas como raio é que este travesti conhecia estas miúdas? A minha dúvida não ganhou raízes. Apesar da minha dor de cabeça, fechei o bar, fiz o esforço de me sentar com elas e mandar vir uma rodada e um prato de tremoços. Nada melhor para acabar um dia de merda, do que uma pseudo reunião de condomínios. A verdade é que ficamos ali até às 5h na treta e sinceramente, foi melhor que uma aspirina. Descobrimos muito uns dos outros (efeito colateral de duas garrafas de Chivas) e, apesar do estado duvidoso de sobriedade, prometemos que tudo ficaria entre nós. Meia-hora depois surgiu outra ideia. Um blog?! Ideia da estudante... concordamos que esta história era demasiado caricata para ficar no anonimato. Esta seria a forma ideal de a contar. Mas uma vez que todos temos aspectos da nossa vida que nos podem foder bem, seremos conhecidos aqui, apenas por: o Empresário, a Estudante, a Enfermeira e o Dentista.


Nota: Vejam lá se conhecem bem o vosso dentista...

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