quarta-feira, 31 de outubro de 2007

A mulher e o tpm, tdtm e tdpm

Enfermeira, Estudante, não quero comentários a este post! É um desabafo!
Há coisa mais fodida do que uma mulher nos seus dias??? Impossível, não pode haver. A mulher já é um bichinho do caralho nos dias ditos "normais", mas que pariu, quando tão a pingar ninguém as atura!
É a tensão pré (tpm), a tensão durante (tdtm), a tensão depois (tdpm)... Foda-se lá esta merda, nem uma central eléctrica! "Ai que me dói a cabeça, ai que me dói as costas, ai que me dói as mamas, ai que estou que nem posso"... ai ai ai, mas é o caralho! Puta que pariu as maníacas! Conseguem a real proeza de ainda ficar mais insuportáveis do que nos restantes 24 dias do mês! E um gajo que as ature. Não fosse a minha boneca insuflável estar mais fodida que a Cicciolina e mais furada que um queijo suisso, mandava-as todas para o raio que as parta. Não há paciência para tanta criquice... E sabem o pior desta história? é que se repete TODOS OS MESES!
Se Deus tinha mesmo de lhes pôr um cano de escape, havia de ter sido era na mioleira. É que para além desta última aquecer demasiadas vezes, ao menos deixava livre o resto! e mais não digo...

O meu primeiro grande amor…

Conhecemo-nos no tempo de faculdade, desde o inicio que nos tornamos grandes amigos, com a tempo ultrapassamos a barreira da amizade e tornou-se em algo mais forte, já não conseguíamos viver longe um do outro, o sentimento de paixão e amor era recíproco, a mulher da minha vida, e um ano depois de nos conhecemos oficializamos a nossa relação. Pouco tempo depois decidimos viver juntos aqui neste apartamento onde ainda moro.
Foram sete anos maravilhosos de vida em comum, como todos os casais tivemos os nossos momentos de paixão e as nossas discussões, tanto os meus papás como os papás dela queriam que nos casássemos como manda a tradição, preferimos não o fazer.
A Shirley teve o prazer de ser apresentada a esta mulher magnífica que fez parte da minha vida, tão magnífica que compreendeu esta minha vontade de ser actor, para ela era a minha maneira de aliviar o stress e fugir do mundo real, quanto a mim não sei…
A nossa relação começou a esfriar, não houve nenhum culpado para isto acontecer, ambos erramos. Eu tinha acabado de montar o meu consultório, poucos clientes, muitas dores de cabeça e pouco tempo para o nosso amor. Ela também andava muito ocupada, tinha pouco tempo para mim, projectos e mais projectos, viagens e mais viagens, quase só nos víamos ao fim de semana. A nossa relação chegou ao fim quando ela recebeu um convite para poder desenvolver um grande projecto, o sonho da vida dela, mas para isso teria de ir viver para os estados unidos e aceitou sem pensar duas vezes, nesta fase já não havia relação, só pensávamos na carreira.
Despedimo-nos um do outro em Paris cidade do amor, uma noite de amor e paixão, uma das melhores noites da minha vida. No dia da partida dela para os estados unidos, fui ter com ela ao aeroporto e lá fizemos a promessa que a partir daquele dia cada um seguia a sua vida, já não éramos um casal, estávamos divorciados sem nunca ternos casados. No inicio ainda nos falávamos, mas com o tempo fomos perdendo contacto e neste momento não sei nada dela, como se diz “quem não é visto não é lembrado”.
E já lá vão dois anos desde que nos despedimos, sinceramente não sinto falta dela, nunca mais tive nenhuma relação seria, apenas encontros ocasionais onde o importante era ir para a cama. Nesta fase da minha vida sinto-me livre, não tenho ninguém para dar explicações, apanho as bebedeiras que quero e dou as quecas que me apetece…

O que mudou...

Posso dizer com toda a certeza que aquele encontro de terceiro grau no bar naquela noite foi importante para mim. Graças aos novos amigos que arranjei, consegui também resolver o meu problema de dinheiro. O empresário propôs-me actuar (fazer strip) lá no bar duas noites por semana, à sexta e ao sábado. Não é que ganhe balúrdios, mas dá para aguentar as coisas por mais algum tempo. Fiz a minha primeira actuação a semana passada, no sábado, e de facto correu bem... o bar estava meio cheio (ou meio vazio, como queiram). E apesar do nervosismo da minha quase-estreia consegui ver e perceber aquele ar babado e nojento daqueles seres asquerosos que frequentam o bar.
Enfim, quando se precisa que remédio há...é continuar a trabalhar nisto...para a semana há mais!

Beijooos

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

O Dia da Estreia…

Sempre quis ser actor, um travesti é um actor que imortaliza as divas, mas os papas não entendem esta profissão. Por pressão deles tive de seguir uma profissão que os fizesse orgulhosos, quanto mais não fosse para se gabarem junto dos vizinhos lá na aldeia. Gosto muito da minha profissão de Dentista, mas aquela vontade de ser actor ainda permanece.
Fechado no quarto e sem que ninguém suspeita-se, e quase que por magia ela surgia magnifica. Desde criança, sempre que podia ia para a frente do espelho cantar principalmente aquelas músicas da rainha (Madonna), as músicas das “Love Stories”, maquilhar-me e vestir-me de mulher. Existiram muitas Shirleys dentro de mim ao longo da vida. Ultimamente esse meu desejo de ser actor tinha andado adormecido, mas a Cidade Grande onde tudo acontece fez despertar a Shirley adormecida em mim. Todos os dias quando chegava do consultório, punha-me em frente ao espelho e o ritual era sempre o mesmo, vestia o meu vestido vermelho, as luvas pretas, punha as pestanas postiças e o show começava para as paredes do quarto, já não me contentava só com as paredes, queria mais, muito mais. A Shirley tinha necessidade de se dar a conhecer, o mundo clamava por ela.
Num acto de loucura procurei um local onde pode-se dar a conhecer ao mundo a Shirley, e lá me indicaram um Bar, que tem fama de ter como clientes pessoas de sexualidade alternativa, pedi o número, seria a minha prova de fogo. Ganhei coragem e liguei, não sei quem atendeu, disseram-me apenas que precisavam de animação porque o negócio andava de mal a pior, marquei a data da estreia, e no dia lá estava ela, o palco, os projectores, o calor do público, os aplausos, o princípio da fama … a Shirley estava em êxtase e eis que ela entra em palco… começa a desilusão, Bar vazio, e mais uma vez a Shirley cantou só para as paredes… mas o resto da história já toda a gente sabe. Apesar da desilusão fiz grandes amigos.

domingo, 28 de outubro de 2007

Puta de noite!

Que pariu! Esta tarde foi uma confusão do caralho no bar. Atraso com fornecedores, problemas com empregados, contabilidade a resolver, enfim um 31 do caralho! Gerir um bar com actividades "extra" não é pêra doce! Muito menos com empregados interesseiros que querem salário, mas não querem trabalho. Somem a isso um trabalho a meio-tempo numa empresa reconhecida. É o caralho!! Mas pronto. Vamos ao que interessa. Como cheguei àquela noite.
Depois de uma manhã agitada na empresa. Passei a tarde enfiada no escritório do bar, aos pulos entre o telefone e o filho da puta do gerente maricas que contratei para não ter de ser eu a fazer tudo. Tem adiantado um corno, diga-se de passagem. Rabicha do caralho! Anda-me pra lá com aquele ar de macho matulão e quando se apanha cá fora é vê-lo a coçar o cu em tudo o que se parece com um poste. Enfim... Só sei que passei o raio do dia só com uma torrada e um café curto no estômago. Almoço, nem vê-lo. O meu jantar? uma sande de atum e uma Stout. Puta de vida!
Passavam 5 minutos das 21h quando me bateram à porta do escritório. Era o travesti que vinha para o espectáculo da noite. Indiquei-lhe o caminho para o camarim. Pelo caminho, não deixei de reparar o que bar estava às moscas. Só o barman é que estava no seu canto a mamar mais um copo de Chivas Regal (como se não bastasse as garrafas que parte com os seus malabarismos). O negócio está uma merda! Tenho de pensar em alternativas. Voltei para o escritório . Afundei-me na papelada mais uma eternidade. Durante esse tempo consegui ouvir a Shirley com a sua voz artificialmente feminina, com uma audiência de meia dúzia de bêbados.
Quando olhei para o relógio já passava das 2h e estava com uma dor de cabeça do caralho. Já só ouvia alguns risos e a música de fundo, mais irritante do que o costume. Tinha de ir pagar à Shirley e fechar o bar! Abri a gaveta, saquei do envelope e fui para o salão. Esperava vê-la a beber sozinha ao balcão, mas não, estava sentada numa das mesas com duas mulheres. Já só restavam elas no bar. Melhor para a minha dor de cabeça, só tenho de despachar 3 "donas de casa", pensei eu! Já ia lançado com o envelope na mão, morto por bazar dali e enfiar-me na cama, quando cheguei à mesa. Só me lembro de pensar: "PU-TA QUE PA-RIU!!!!". A estudante e a enfermeira faziam companhia à Shirley. Duas vizinhas lá do prédio. Mas como raio é que este travesti conhecia estas miúdas? A minha dúvida não ganhou raízes. Apesar da minha dor de cabeça, fechei o bar, fiz o esforço de me sentar com elas e mandar vir uma rodada e um prato de tremoços. Nada melhor para acabar um dia de merda, do que uma pseudo reunião de condomínios. A verdade é que ficamos ali até às 5h na treta e sinceramente, foi melhor que uma aspirina. Descobrimos muito uns dos outros (efeito colateral de duas garrafas de Chivas) e, apesar do estado duvidoso de sobriedade, prometemos que tudo ficaria entre nós. Meia-hora depois surgiu outra ideia. Um blog?! Ideia da estudante... concordamos que esta história era demasiado caricata para ficar no anonimato. Esta seria a forma ideal de a contar. Mas uma vez que todos temos aspectos da nossa vida que nos podem foder bem, seremos conhecidos aqui, apenas por: o Empresário, a Estudante, a Enfermeira e o Dentista.


Nota: Vejam lá se conhecem bem o vosso dentista...

Que dia...Que noite!

Não tinha sido um bom dia... não... tinha sido um péssimo dia...
Fiquei com o turno da noite, o que é uma seca... Saí, fui tomar o pequeno almoço, comprei uma revista e apanhei o metro até casa. Estendi-me na cama e adormeci. Acordei deviam ser umas 11horas com o som da campainha, fui ver..., era ela, vinha buscar o resto das tralhas dela. acho que só aí percebi que tinha mesmo acabado.
"Paciência! que se foda o que mais existem são gajas! e gajos! não pense ela que é melhor que eu!"
Abri a porta lá de baixo do prédio e enquanto ela subia, troquei de roupa às pressas, lavei a cara, pus uma musica bastante animada e fiz de conta que estava super-bem disposta! abri a porta (lá, lá, lá, lá! era eu a cantar)
"vim buscar as minhas coisas"
(a sério...?pensei eu! nem tinha deduzido...!Parva!), mas ao invés disso disse "ah, ok fica à vontade, eu tenho umas coisas para fazer na sala"
Não deve ter ficado mais de meia hora, e foi-se. Disse que me desejava felicidades, e que podia contar com ela para o que precisasse. (Grande vaca!)
Eu disse-lhe obrigada e que lhe perdoava (Grrrrhhhhh, eu tenho o meu orgulho! mais vale fingir que não me importo...)
Enfim, parecia quase um filme dos desenhos animados em que os inimigos apertam mãos e todos vivem felizes para sempre!
mantive-me ocupada o resto do dia, e acho que só lá para as 20h é que tudo me bateu de súbito...
"O caralho! o caralho! o caralho é que tá tudo bem!!"
Sai de casa e entrei num supermercado, comprei uma garrafa de vodka e fui andando e bebendo, bebendo e andando...devo ter andado umas 2 horas, já tava a ficar que não podia, por isso entrei num bar. Estava escuro e não tinha muita gente, "perfeito pra continuar a noite" sentei-me numa mesita e lá continuei a pensar na vida, no que correu mal...enfim. Já estava a pensar ir embora, quando vi uma cara conhecida..."ai de onde é? ui, é a minha vizinha, a estudante das mamas boas! eheheh" por momentos até sorri com este estúpido reparo meu.
Ela veio ter comigo e conversamos um bocado. Entretanto entrou a actuação da noite! shirley-não-sei-das-quantas, um travesti qualquer, mas quando reparamos que risota,...era o Dentista! "Valha-me Deus estou no sitio certo para dar umas gargalhadas!"
Mas ainda havia mais! o dono do bar, (um moço bastante jeitoso até), também era nosso vizinho!
Pode-se dizer que foi uma noite estranha, mas era mesmo o que estava a precisar...

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

O encontro inexplicável

Eram 20h30 em ponto e lá estávamos os três sentados à mesa, como era habitual. O Jantar era servido àquela hora, se houvesse atraso era no máximo de 1 ou 2 minutos e já se ouvia um resmungar baixinho vindo da sala.
A minha mãe trabalhava que nem uma escrava durante o dia, e quando chegava a casa tinha de trabalhar que nem uma louca, a organizar tudo e a preparar o jantar para as 20h30 em ponto estar a comida na mesa. O meu pai era, e ainda é, o típico homem do século passado. Para ele, a mulher tem a obrigação de cuidar da casa e dos filhos, a única obrigação que ele tem dentro de casa é dar ordens e “manter o respeito”.
No que me diz respeito tenho uma relação muito boa com a minha mãe, mas infelizmente eu e o meu pai somos opostos e por isso o nosso convívio era insuportável. E foi por isso que saí de casa e decidi ir viver para um apartamento sozinha. Não aguentava ser censurada todos os dias. Um dia enchi, peguei nas minhas malas e pus-me a andar.
Quando saí do secundário decidi ir trabalhar, e agora decidi tirar o curso de Direito. Estou no 1º ano e como devem imaginar, não é fácil conseguir estudar e manter um apartamento sozinha. Mas nem pensei nisso quando saí de casa, tudo o que queria era ser livre e independente. A qualquer custo. Já vivia no meu novo apartamento há um ou dois meses quando me apercebi que as minhas “reservas” estavam no fim, precisava de arranjar dinheiro e rápido. Foi então que me lembrei de uma amiga minha, ela é prostituta, e tem muitos conhecimentos na noite. Era o ideal para mim. Trabalhar à noite. Assim durante o dia poderia continuar a estudar. E tanto quanto sabia, à noite ganha-se muito bem. Assim que lhe liguei ela disse-me que havia um bar que precisava de strippers… hesitei, mas tendo em conta a minha situação não podia recusar. Marquei um encontro com ela. Explicou o que fazer, tive meia dúzia de aulas e estava pronta para ir ao dito bar.
Quando cheguei, deviam ser uma 10h, o bar estava quase vazio, disseram-me para ir para os camarins e esperar que fosse chamada. Um gerentezinho de caca chamou-me a uma sala, pôs uma música e só disse: “Mostra lá o que sabes fazer”. A música ia a meio e já ele tinha desligado o rádio sem qualquer aviso. “Depois entramos em contacto contigo”. Saí da sala sem saber o que pensar. Não tinha percebido se tinha corrido bem ou não. Olho para o lado e a entrar num dos camarins vejo um vizinho meu, o dentista. Ainda lhe acenei, mas não reagiu.
O bar continuava com poucas pessoas, numa mesa estava uma miúda sozinha… aproximei-me, ela olhou e apercebi-me… era a enfermeira. Convidou-me a sentar e ficamos a ver o espectáculo que ia começar. Um travesti qualquer a cantar Whitney Houston. Foi então que olhamos uma para a outra e soltamos uma gargalhada, aquele não era um travesti qualquer. Era o nosso vizinho, o dentista.
No final da actuação veio ter connosco para pedir silêncio pois tinha uma imagem a manter. Sentou-se e ficamos na conversa, até chegar o dono do bar para pagar ao dentista o espectáculo da noite. Brilhante e inexplicável coincidência, era ele também um morador do nosso prédio, mais um vizinho que se sentou à mesa a partilhar o porquê da presença naquele bar.
Mas afinal, o que era aquilo? Alguma reunião de condomínio? lol

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Ela também estava no Bar…

Ela era bela, uma autêntica princesa, estão a ver a Jessica Rabbit mas em versão loira, estava a cantar como a Whitney Houston na música “One Moment In Time”, no filme “O guarda-costas”, no final da actuação até chorou de emoção. Ela esteve a preparar este show durante meses, foi pena estar tão pouca gente no bar, para assistir a este espectáculo magnífico, uma desilusão para tanto esforço.
Eu, o Dentista, na realidade sou a bela mulher do Bar e estou a iniciar-me como travesti, o nome da bela mulher que eu interpreto é Shirley. Depois desta má experiência, não sei se a Shirley votará um dia a actuar, só o tempo o dirá...
Quando estava nos camarins a preparar-me, a vestir-me de Shirley, vi uma das minhas vizinhas do prédio onde moro, a Estudante, fiquei em pânico na esperança que ela não me tivesse reconhecido, mas ela reconheceu e ainda por cima acenou. Não podia ser influenciado por este incidente, afinal iria ser a minha estreia e a Shirley tinha de estar maravilhosa, de vestido vermelho, luvas pretas, pestanas postiças...
Na minha vida real sou um homem igual a todos os outros, ninguém desconfia desta minha outra faceta, imaginem se alguém sabe que o seu Dentista á noite se veste mulher, tenho uma imagem a manter e uma carreira como Dentista pela frente.
No final da actuação a estudante, veio ter comigo mais uma amiga, só depois percebi que era a enfermeira que por sinal também é minha vizinha, o mundo realmente é pequeno. Vieram ter comigo para me darem os parabéns pela actuação, eu agradeci e pedi-lhes para não revelarem esta minha outra faceta. Acabamos por ficar os três á conversa numa mesa do bar, falamos das nossas vidas, dos nossos segredos e dos nossos sonhos. A conversa ia animada, ainda vestido de Shirley, naquela altura já era eu, o dentista vestido de mulher, nisto o dono do bar vem avisar-nos que o bar vai fechar e pagar o meu cache daquela noite e que tinha muita penas mas tínhamos de ir embora, mas a conversa ficou animada novamente quando percebi que também ele, o dono do bar vivia no mesmo prédio que nós e tinha acabado de se mudar para lá, mais ou menos à duas semanas, ainda não o tinha visto lá pelo prédio.
Foi a partir dessa conversa que ficamos a saber que todos nós tínhamos uma vida dupla, e tornamo-nos grandes amigos.
Agora sempre que temos algum problema vamos os quatro resolve-lo para o bar.

Reunião zero - O início.

Pensei que fôssemos quatro desconhecidos que se encontram acidentalmente num bar a horas "impróprias"... mas afinal não éramos tão desconhecidos como pensava. Vivemos no mesmo prédio e fizemos um pacto: Não dar a cara, nem dar o nome, assumimos apenas as nossas profissões e pretendemos partilhar as nossas vidas e os nossos segredos aqui, depois daquele encontro forçado naquela noite de revelações.
Tivemos a sorte de nos tornamos grandes amigos, agora apoiamo-nos uns aos outros e finalmente podemos compreender as nossas vidas.